Filhos e Filhas de Deus, Paz e Bem, com a misericórdia do senhor a todos. No último dia 08 de Dezembro de 2015 na cidade eterna de Roma, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, o santo Padre o Papa Francisco, Símbolo da unidade de toda Santa Igreja Católica Apostólica Romana, proclamou o Ano jubilar extraordinário da misericórdia, em comemoração aos 50 anos de conclusão do Concilio vaticano II.
Por motivo de tão grande acontecimento em nossa Igreja particular de Crateús, o nosso Pastor Diocesano Dom Ailton Menegussi, enviou uma Carta Pastoral, a cada Paroquia e cada comunidade paroquial de nossa Diocese, para ser publicada solenemente dia 13 de Dezembro de 2015, na abertura do “ano santo da misericórdia”, afim de possibilitar que, cada fiel desta nossa amada Igreja Diocesana, entre neste tempo de graça” – dizia Dom Ailton na íntegra da referida carta, que em nossa Paroquia de Parambu foi lida solenemente na santa missa mariana das 12 hs.
Passarei agora a transferir alguns pontos principais da carta pastoral de nosso pastor diocesano que para nós serve de referencia para assim seguir e vivenciar este ano jubilar da misericórdia, a saber:
Diz Dom Ailton que “O Papa deseja que todos, participantes e afastados, possa chegar o balsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio dos homens e mulheres (MV, 5), pois, segundo o mesmo Papa Francisco, “a credibilidade da Igreja passa através da estrada do amor misericordioso e compassivo” (MV, 10). Por isso, pede que, especial atenção seja dada aos que vivem nas mais diversas periferias existenciais que o mundo moderno cria de maneira dramática (MV,15). A misericórdia é uma dimensão eclesial que deve perpassar todas as outras. Ser misericordioso é um jeito de ser cristão e, em consequência, um jeito de ser Igreja. E na sua ação pastoral, a Igreja, esposa de Jesus Cristo, prefere empregar a medicina da misericórdia antes que empunhar a arma da severidade. Isto não significa, no entanto, perder o vínculo entre misericórdia, verdade e justiça… Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para entender quem são seus verdadeiros filhos (MV,9). Nesse sentido, convido a todos, a contemplar o presépio, envolto pela divina misericórdia encarnada na criança de Belém e de lado da raiva, a violência, o desejo de vingança, a pretensão de saber tudo, o egoísmo, os vícios de toda espécie, a anestesia do espírito, a indiferença que humilha; a cumplicidade na corrupção, que destrói os projetos dos fracos e esmaga os mais pobres, o relativismo ético, a falta de perdão. Não deixemos que a mentalidade contemporânea tire do nosso coração a idéia da misericórdia. Ao contrario, “sejamos misericordiosos como o Pai”(Lc 6,36), como nos lembra o lema deste Ano Santo da Misericórdia.
Nosso Bispo Diocesano Dom Ailton ainda nos convida a viver em participação nos inúmeros acontecimentos diocesanos que marcarão o ano Santo da Misericórdia em nossa Diocese de Crateús e pontua os seguintes gestos concretos:
Na Quaresma de 2016, abriremos em cada Área da diocese, uma “Porta Santa”, para que os fiéis possam vivenciar, de maneira mais expressiva, este ano Santo da Misericórdia.
Assim no dia 14 de Fevereiro, abriremos a “Porta Santa” na Área norte, mais precisamente na igreja “ matriz de São Gonçalo”, em Ipueiras, contemplando mais de perto as paroquias de Ipueiras, Nova Russas, Ipaporanga, Ararendá, e Poranga.
No dia 21 de fevereiro, abriremos a “Porta Santa” na Área Sul, em Parambu,favorecendo aos fiéis das paroquias de Parambu, Tauá e Quiterianopolis.
Finalmente, no Dia 28 de Fevereiro, será a vez da Área Centro abrir a sua “Porta Santa” na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, no Assis, em Crateús, como local de peregrinação para as Paroquias da Imaculada Conceição e Senhor do Bonfim(Crateús), Independência, Novo Oriente, Tamboril, Monsenhor Tabosa e Área pastoral de Sucesso.
Dom Ailton também recomenda a seus Diocesanos algumas “atitudes” a serem exercitadas ou retomadas com mais fervor durante este Ano Santo da Misericórdia, a saber:
#—- A Peregrinação: cada pessoa deverá fazer uma peregrinação a um dos lugares indicados na nossa diocese ou a um outro local de peregrinação no estado do Ceará, Brasil ou mundo, para sinalizar que estamos dispostos a nos empenhar para fazer o caminho da conversão para alcançarmos a misericórdia e comprometermos em ser misericordiosos com os outros como o Pai é misericordioso.
#—- A prática das obras de misericórdia: corporais e espirituais (Mv,15); dar comida a quem tem fome, de beber a quem tem sede, vestir os nus, acolher os estrangeiros, assistir aos doentes, visitar os presos e sepultar os mortos; aconselhar os duvidosos, ensinar os ignorantes, corrigir os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, rejeitar a violência, contra as injustiças sofridas e rezar pelos vivos e pelos mortos;
#—- Celebrar, mas intensamente o Sacramento da reconciliação (confissão)como meio de conversão e fonte de verdadeira paz interior, sobretudo na quaresma ou em ocasião de santas Missões Populares;
#—- As relações entre justiça e Misericórdia: apelo a conversão, a romper com grupos criminosos e corruptos;
#—- O Diálogo com as outras religiões: tornando-nos mais abertos e eliminando todas as formas de desprezo, violência e discriminação religiosa;
#—- A oração a Virgem Maria e aos Santos Beatos: Ela, Maria, atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos; eles (os Santos), porque fizeram da misericórdia a sua missão vital;
#—- A busca da Indulgencia: o perdão de Deus para os nossos pecados não conhece limites. No Sacramento da Reconciliação os pecados são perdoados, mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A indulgencia é aquela libertação de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-nos a crescer no amor em vez de recair no pecado.
Dom Ailton termina a carta pastoral da abertura no ano da misericórdia dizendo:“Que em nossas comunidades, famílias, organizações sociais, escolas, se faça eco da palavra de Deus que ressoa, forte e convincente, como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor, pois Deus não se cansa de estender a mão, e como Deus nós também não podemos nos cansar de amar, porque, como nos lembra São João da Cruz, “no entardecer desta vida seremos julgados pelo amor”.
Pe. Chagas vigário paroquial de Parambu: Ibid. Dom Ailton Menegussi. Bispo diocesano de Crateús.