O uso da internet em casa precisa ser analisado com carinho e atenção
Em fevereiro de 2018, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou uma pesquisa mostrando que o Brasil finalizou o ano de 2016 com 116 milhões de pessoas conectadas à internet, equivalente a 64,7% da população com idade acima de 10 anos.
As novas tecnologias chegaram para nos ajudar em muitas coisas. No ambiente corporativo, facilitou e muito a comunicação entre equipes e a divulgação de informações, chegando com mais agilidade aos usuários.
Para nós que evangelizamos pelos meios de comunicação, esse avanço só cooperou para que a Boa Nova do Evangelho chegasse mais rápido e para mais pessoas. Agora em casa, como pais, educadores e também usuários, é preciso analisar com carinho e atenção o uso da internet.
Babá eletrônica
Vemos que, atualmente, as crianças e jovens “já nasceram conectados”, porque é com muita facilidade que vemos os pequenos já usando a internet, vemos os pais distraindo seus filhos na hora do almoço com os aparelhos móveis em cima da mesa. E muitas famílias se ausentam, porque os celulares e tabletes acabam virando uma babá eletrônica.
E qual família que, possuindo esses aparelhos, já não caiu, ao menos uma vez ou por algumas horas, no comodismo de liberar totalmente o uso da internet para as crianças? Bem mais fácil e prático do que dar atenção, brincar, abraçar, correr com os pequenos, é entregar em suas mãos os jogos eletrônicos, o acesso a vídeos que distraem mesmo! Até as televisões já vêm com a possibilidade de serem conectadas às redes; e ao acesso às plataformas, que nos disponibilizam vídeos de todos os tipos de filmes e séries, são possibilidades dentro de nossas casas.
É um desafio constante educar essa geração
Não sei como é na sua família, mas na minha casa, com uma criança e duas adolescentes, a vigilância é constante. Demoramos o máximo que conseguimos para dar um celular para as nossas filhas maiores, e sempre conversamos que a internet é um grande perigo para as famílias. Começamos sentindo as meninas, observando qual seria o interesse de cada uma com essas ferramentas.
É um desafio constante educar esta geração, pois, mesmo controlando, colocando regras, é praticamente impossível impedir que os conteúdos que não correspondem aos valores que acreditamos cheguem até elas. Então, vamos sempre ensinando, com o nosso exemplo de vida, o caminho que achamos o melhor para eles; e quando estes conteúdos chegarem, elas estarão preparadas para este mundo.
Não sou uma mãe que impede o uso das redes sociais, e não coloco minhas filhas em uma redoma, até porque isso é ilusão, é impossível, pois este mundo é difícil, e as crianças precisam estar preparadas para enfrentar a vida real.
O melhor caminho para a família, quanto ao uso da internet, os horários e os conteúdos que estão entrando no seu lar, só você e seu cônjuge poderão encontrar. Que Deus nos ajude a organizar nossa casa, transformá-la em um lugar abençoado de paz.
Como diz minha mãe: “Tudo que é demais faz mal”. Então, o nosso desafio é achar o equilíbrio de todas as coisas.
Por: Paula Guimarães
Canção Nova